Poema de Gladstone para Carmosina (Tieta - 1989)

Que luz é essa que tão clara fulge 

e ofusca o sono e alumia o rosto.
Não é o Sol, pois que ainda é noite.
Não é a Lua pois que ainda é Nova.
Tão pouco são lampejos das estrelas,
Pois que as nuvens não me deixam vê-las.

É teu sorriso, amada, que deslumbra.

E quando vejo esse suave brilho,
Sorrio junto, mas de puro orgulho,
pois teu sorriso, eu que fiz luzir.

Você e eu, eu sabia que ia ser como, como os fogos lá fora.
Era só acender o estopim, 
e a gente iria seguir desvairados, 
cada vez mais alto riscando o céu.

Mas os fogos só riscam os céus.

E você me levou muito, muito além da superfície.
Ai meu Deus, de que que eu tinha medo?
Da felicidade!


Eu lhe dizia que você não precisava ter medo dos seus sonhos.


Você sabe qual é a sensação que eu sinto?
É como se eu tivesse acabado de nascer.
Eu vim ao mundo nesse estantinho.


Então, seja bem vinda, Carmo.
A vida te espera!


Fonte:

Tieta, capítulo 150.
Diálogo entre Carmosina e Gladstone.

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